A inércia será das pessoas ou da organização?

Esta é a pergunta que faço tantas vezes a mim própria, porque será que não consigo vencer a preguiça ou simplesmente ultrapassar a falta de decisões em redor dos meus stresses?

Quando me agarro aos processos, fico inerte, quando vivo sem eles, perco-me, quando falo com clientes que trabalham sem processos fico assustada porque basicamente uma organização sem processos é ingerível, uma organização só com processos é rígida e nua, uma organização sem pessoas não existe, as pessoas sem os processos perdem-se, e por aí fora.

Todo este complexo novelo, leva-me a usar bengalas que são os meus suportes profissionais para me tirar da inércia fácil que os sistemas criam, ou seja opto pela constante pesquisa, leitura e networking com quem pode provocar a minha capacidade de resposta, ou porque não acreditam ou aceitam, ou simplesmente porque não conhecem e ignoram, ou porque é preciso no mínimo repetir 7 vezes o mesmo conceito a alguém até que interiorize e adote. Só assim consigo usar e combater o que de bom e mau têm os sistemas colaborativos que as organizações utilizam para gerir os processos.

No final do dia o que importa é o resultado e isso serão os sistemas a demonstrar e o maior gozo profissional é ver como os sistemas fazem parte desse desembaraçar de novelo. Porque mapeiam processos, dão indicadores, provocam ações, impõem ritmos, não controlam mas apoiam.

Combato a inércia com dois sentidos que tento apurar cada vez mais, Ouvir e Ver.

Oiço muito melhor hoje, procuro escutar tudo e não só o que gosto de ouvir, por outro lado estamos na era do visual e uma imagem aplicacional, tipo Dashboard é hoje vital para agirmos, porque nos provoca pelas dimensões que cruza e pelo movimento que transporta, tirando-nos da inércia e do “fado” levando-nos para o desafio constante.

Neste mundo de sistemas de informação complexos e pensados para tratar da nossa vida pessoal e profissional quase que dependemos de lembretes e processos para agir o que é bom e mau porque sistematiza e organiza mas também corta a iniciativa e o desafio e risco.

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