São 10 as principais tendências identificadas pela IDC relativamente ao sector das tecnologias de informação e comunicação (TIC). De acordo com o relatório “IDC Futurscape Portuguese ICT Top 10 Predictions”, a terceira plataforma tecnológica (cloud, mobilidade, social business e bid data) irá transformar a indústria.
A IDC prevê que, este ano, o mercado das tecnologias de informação cresça 2,6% para 7,7 mil milhões de euros. Porém, a evolução não será igual em todas as áreas: tecnologias associadas à terceira plataforma tecnológica e aos aceleradores de inovação deverão crescer a uma taxa média de 12,4% e representarão cerca de 54% do mercado; por outro lado, as tecnologias associadas à segunda plataforma irão cair 6,9%.
10 tendências na base da transformação da indústria das TIC em Portugal:
1 – Digitalização da economia global. Em 2021, pelo menos 30% da economia nacional será digitalizada. Em termos globais, a IDC prevê que mais de 50% esteja digitalizada pela mesma altura;
2 – Plataformas de transformação digital. Já no próximo ano, 25% das 100 maiores organizações portugueses irão desenvolver uma nova estratégia de TI para suportar uma plataforma de transformação digital, tendo em vista competir numa economia cada vez mais digital. No mundo, a percentagem será de 60% nas duas mil maiores empresas;
3 – Cloud core. Outra das tendências apontadas pela IDC diz respeito ao investimento e despesa empresarial em serviços cloud e respectivo hardware: em 2021, deverá duplicar e ultrapassar os 400 milhões de euros, em Portugal. A nível global, atingirá os 500 mil milhões de euros;
4 – Inteligência Artificial. No próximo ano, 30% das iniciativas de transformação digital irão incorporar algum tipo de serviço baseado em inteligência artificial. Dois anos depois, mais de 50% das novas aplicações terão este tipo de tecnologia e mais de 50% dos consumidores irão interagir com um bot. Em termos globais, mais de 90% dos consumidores irão interagir com bots e mais de 40% das iniciativas de transformação digital envolverão inteligência artificial, em 2020;
5 – Aplicações ágeis. De acordo com a IDC, o desenvolvimento de aplicações na Europa irá centrar-se em arquitecturas hiper ágeis, nomeadamente cloud PaaS e funções Azure. Além disso, 70% dos micro-serviços serão desenvolvidos em tecnologias de containers. No mundo, 80% do desenvolvimento aplicacional será feito sobre plataformas cloud PaaS;
6 – Interfaces humanas digitais. Em 2020, mais de 10% ds trabalhadores portugueses vão utilizar soluções de realidade aumentada (25% nas organizações mundiais). A tendência aponta também para mais de 50% das novas aplicações recorrerem a voz como interface de comunicação. A biometria também estará em destaque (25% das 100 maiores empresas nacionais e 50% das mundiais);
7 – Blockchain. Dentro de três anos, pelo menos 15% das 100 maiores organizações portuguesas irão recorrer à tecnologia de blockchain para criar serviços confiáveis, seguros e escaláveis. No sector financeiro, mais de 25% dos bancos deverá utilizar este tipo de solução para gerir transacções;
8 – Monetização de dados. Em 2020, mais de 35% das 100 maiores empresas nacionais irão desenvolver novos fluxos de receita com base em dados no modelo Data-as-a-Service (DaaS), desde venda de dados em bruto a métrica e serviços de recomendações. A nível mundial, mais de 90% das duas mil maiores organizações terão uma oferta deste género;
9 – Ferramentas low-code e no-code. Segundo o relatório da IDC, mais de 10% das aplicações empresariais e 25% das novas funcionaldiades das aplicações não serão desenvolvidas por programadores, em 2021;
10 – Economia das APIs. Em 2021, mais de 35% das 100 maiores organizações do mercado português terão mais de 30% das suas interacções digitais realizadas através de parceiros no ecossistema através de APIs.
Notícia original em Executive Digest