Os 3 Fatores Que Mais Influenciam no Alcance de Objetivos

O ritmo acelerado em que muitos de nós vivemos, em especial quem possui a liderança de um negócio ligado às Tecnologias de Informação, faz com que tenhamos a sensação de não conseguirmos alcançar os nossos objetivos.

Sabendo que a felicidade é alcançada quando temos um desafio e o ultrapassamos, facilmente se conclui que uma vida sem objetivos também não tem sentido. Um objetivo ajuda a caminhar para um dado destino, ajuda a dividir um grande problema em fatias mais pequenas, e acima de tudo ajuda-nos a ter foco no esforço que aplicamos ao longo do dia.

Um objetivo está assim intimamente relacionado com os nossos fatores motivacionais porque é ele que nos obriga a focar, a ter força para lutar e a ter a fé para vencer.

Mas então quais os 3 fatores que mais nos condicionam?

 

1. Complexo do Super-Herói

O Complexo do Super-Herói representa a dificuldade que temos em delegar. Gostamos de nos sentir importantes e heróis, e como tal gostamos de ser nós a resolver os problemas.

Esta estratégia de herói só funciona quando a empresa é pequena. À medida que a empresa cresce, acabamos por ser um estrangulador. Conforme diz o ditado, se quer ir rápido vá sozinho, mas se quer ir longe vá acompanhado.

Portanto se quer que a sua empresa alcance uma grande dimensão, sugiro a leitura deste artigo que explica como se libertar do Complexo do Super-Herói.

 

2. Ineficaz Gestão do Tempo

Já muito se escreveu sobre a gestão do tempo, mas pouco se fala na influência que as práticas empresariais possuem sobre o indivíduo. Ao contrário daquilo que ocorria há alguns anos atrás, a Gestão do Tempo deixou de ser apenas uma questão individual e passou a ser uma questão empresarial.

Se na nossa empresa quando se envia emails é obrigatório copiar toda a hierarquia, então significa que as tarefas não estão a ser delegadas e que o volume de emails que o líder recebe não para de aumentar. A empresa perde eficiência!

Se um líder tem por hábito interromper os seus colegas sempre que se lembra de um assunto, então está a criar uma organização frenética. Deverá, ao invés, ter uma reunião semanal onde os assuntos são tratados e só deve interromper em situações pontuais.

A maioria das pessoas não tem noção daquilo que ocorre quando existe uma interrupção. Cada interrupção representa uma diminuição drástica da produtividade, conforme está explicado no artigo “Multitasking: a ilusão da eficiência”.

Por vezes, quando preciso de me concentrar para concluir um objetivo, saio do escritório e vou para um local físico diferente. E só saio desse local quando tiver a tarefa terminada. A mudança física de lugar ajuda a mudar também o comportamento do cérebro.

 

3. Baixa Autoestima

Por último, a baixa autoestima faz adiar decisões e o respetivo alcance de objetivos. Mas não sejamos irrealistas. Todos nós somos inseguros em determinados contextos e o segredo está em saber ultrapassar essa insegurança. Por vezes é extremamente difícil acreditar que somos capazes de decidir corretamente se estivermos num contexto adverso.

Por isso sugiro que efetue este pequeno exercício: (1) perguntar a si próprio em que tarefa é realmente bom e que o motiva de tal forma que estaria disposto a pagar para realizar essa tarefa; (2) pensar em que situações pode tirar partido desta sua qualidade.

Se sentir que não está mesmo preparado, então terá que pedir ajuda a quem sabe e ter a coragem de aprender antes de iniciar a tarefa. Só as grandes pessoas são humildes e assumem que não sabem. Se quer estar sempre a crescer, então não tenha medo de estar sempre a aprender tal como sugere o artigo “Resiliência em tempos de crise: quanto consigo me encaixar nas mudanças?”.

 

Conclusão

A vida é feita de uma sequência de objetivos e só somos felizes se os formos alcançando ao longo da vida. Quem faz obra tem que estar preparado para ter um conjunto de críticas sobre si ou sobre o que fez, pois é impossível agradar a todas as pessoas. Também não podemos esperar ser perfeitos porque cada falha é uma lição aprendida para o futuro. São as falhas que nos tornam mais fortes e resilientes.

E nunca se esqueça: as críticas injustas são uma forma de elogio. Dos fracos não reza a história.

 

[tmm name=”filipe-nuno-carlos”]

Leia mais artigos deste autor.