As tecnologias, media e telecomunicações vão ficar marcadas, este ano, pela mobilidade, inteligência e rapidez, obrigando as organizações a modificarem a forma como operam. António Largartixo, partner e Tecnhologia, Media & Telecommunications leader da Deloitte, considera que as empresas, governos e consumidores terão de «criar oportunidades para uma transformação mais abrangente em todas as indústrias».
Na 16ª edição do estudo “Technology, Media & Telecommunications Predictions”, a consultora revela as nove tendências que vão marcar estas três áreas em 2017:
1 – Aprendizagem automática. Nos próximos 12 meses, a Deloitte prevê que mais de 300 milhões de smartphones (mais de um quinto das unidades vendidas este ano) disponham de capacidades de aprendizagem automática. Porém, à medida que o tempo avança, esta tecnologia deixará de ser exclusiva dos telemóveis e passará a integrar também tablets, automóveis, drones, dispositivos de realidade virtual e aumentada, instrumentos médicos, equipamentos de Internet das Coisas, entre outros;
2 – Travagem automática. Segundo a consultora, as mortes em acidentes rodoviários deverão cair 16% nos EUA, em 2022, devido, em grande parte, às tecnologias de travagem automática, também conhecidas como AEB. A sua ampla adopção poderá ainda levar à desaceleração dos automóveis autónomos;
3 – Ataques informáticos. Os ciber-ataques conhecidos como Denial-of-Service (DDos) vão aumentar em escala, ao longo dos próximos meses. A Deloitte avança que são mais difíceis de eliminar e explica a sua expansão com o número crescente de dispositivos de Internet das Coisas e disponibilização online de metodologias de malware. Está previsto o surgimento de um ataque de escala terabit/s por mês;
4 – Segurança biométrica. A base activa de dispositivos equipados com leitores de impressão digital deverá alcançar os mil milhões pela primeira vez no início deste ano. Cada sensor será utilizado, em média, 30 vezes por dia;
5 – Tablets atingem pico? As vendas de tablets deverão ficar abaixo dos 165 milhões de unidades, este ano, o equivalente a menos 10% face a 2016. Esta previsão leva a Deloitte a sugerir que o pico da procura por este tipo de equipamentos já terá passado;
6 – A ascensão do vinil. O vinil, por outro lado, está a regressar ao quotidiano de muitos consumidores. As vendas deste mercado deverão aproximar-se do milhão de milhões de dólares pela primeira vez este milénio, com as novas receitas de vinil a contabilizar 6% das receitas totais globais de música. Ainda assim, a Deloitte alerta para o facto de que o vinil nunca se tornará no maior motor de crescimento ou de lucro da indústria musical, que está decididamente focada no digital;
7 – Navegação digital. A partir de 2022, pelo menos um quarto de todas as utilizações humanas ou computorizadas de navegação digital de precisão deverão ocorrer dentro de portas. Isto significa que será possível localizar pessoas e objectos dentro de um espaço;
8 – 5G. A quinta geração de rede móvel será amplamente divulgada pelas operadoras, que pretendem dar a conhecer as funcionalidades e vantagens desta tecnologia: velocidades superiores, latência mais baixa e capacidade para dispositivos e sensores IoT de baixa taxa de bits e reduzido consumo energético;
9 – Publicidade na TV. A publicidade na televisão não está, definitivamente, morta. Segundo a Deloitte, o sector mostra-se estável e a estabilidade é sinónimo de satisfação, levando a que a despesa se mantenha inalterada.
Fonte: Marketeer