As Clouds serão as Tecnologias do Futuro?

Nos dias de hoje, andamos com os nossos Smartphones e Tablets literalmente no bolso, e, estamos constantemente a aceder a conteúdos localizados nalgum sítio, independentemente do local aonde nos encontramos. “Mobilidade” é, portanto, a palavra-chave, pois estamos cada vez mais móveis e vivemos cada vez mais o momento da partilha.

Os nossos Smartphones têm utilidade como calculadora, instrumento de entretimento, de chamadas, e também passam a ser uma extensão do nosso posto de Trabalho.

Afinal, quem pode utilizar as tecnologias baseadas na cloud?

Todos têm acesso a estas tecnologias com fins diferenciados:

Fins Empresariais:

Cada vez mais, o recurso a estas tecnologias da nuvem tem sido mais preponderante pelas organizações, pois, não só liberta Budget, como liberta todos os custos associados ao plano de manutenção e actualizações. As empresas deixam de ter qualquer funcionário apto para esse tipos de Operações na organização contratante, entregando-o a um Service Provider, que se responsabilizará pelo plano de operações e manutenção de uma forma centralizada, transformando-as numa extensão da organização.

Este tipo de serviços, por norma, é custeado por número de utilizadores e com uma periocidade mensal ou mesmo até anual, considerando um turnover rápido e fácil. Todas as soluções que demonstram este tipo de retorno são sempre bem acolhidas pelas empresas, tendo também como vantagem um «turn key» num curto prazo.

A cloud é bastante útil para as Startups que, desde o início, conseguem racionalizar todos os custos que tenham, sejam eles directos ou indirectos, o que permite, desde à sua nascença, a dispensabilidade de um local próprio para a sua empresa (Edifício/Sede). E não é menos verdade que, nestes casos das Startups, não só permite que alavanquem para uma posição bastante benéfica, como contribui para que estas se possam tornar mais competitivas em relação às grandes empresas.

Nas migrações para esta tecnologia, já detectei alguns erros que foram cometidos pelos CIO’s e CEO’s, na gestão de projetos. Vi os próprios CIO’s comprometerem o seu lugar na organização perante as migrações, fazendo uma migração total dos serviços, sem sequer medir as consequências. Há no blog FalandoTI um tema que fala o porquê dos sucessos/fracassos neste tipo de gestão de projectos, avançado por Rui Ribeiro. De seguida falarei de dois tipos de migração:

  • APAO (All Pain At Once): Nos casos que acabei de referir, optaram por este tipo de migração. Foi tudo feito de uma só vez, o erro aqui foi talvez um depósito total de confiança no Provider de serviço. Nestes casos, pegamos em tudo de uma só vez e colocamos fora da empresa, sejam contactos, clientes ou até mesmo os segredos da empresa. Neste contexto, convém interrogar e realçar o factor relativamente à segurança, de que falarei mais tarde. Embora seja uma migração menos dispendiosa, porque reduz abismalmente todos os custos, pode originar, no limite, a dissolução do parque tecnológico da organização.
  • LPAT (Little Pain At Once): Ao contrário ao exemplo anterior, é quando existe migração de um ou mais serviços, em que uma das partes pretende migrar, podendo ser migrada por blocos, como, por exemplo IP VOICE, Email, etc. Acaba por reduzir os custos mais lentamente, devido ao tempo demorado da transição de serviços do parque tecnológico da organização até à sua conclusão para a Cloud.

Quando as organizações adoptam novas tecnologias, procuram escalabilidade e redução de tempo, que são alguns dos grandes objectivos finais.

O tempo aqui é uma palavra interessantíssima, porque é o capital que todos temos por igual, e, quando nos encontramos dentro desta mesma moldura, dispomos de uma grande liberdade de escolha, sobretudo relativamente às variáveis onde, quando e como queremos trabalhar.

Deixamos de ter preocupações com o trânsito porque podemos trabalhar a partir de um local qualquer, como uma biblioteca, um jardim ou em casa, proporcionando-nos uma vida melhor e mais saudável, tendo mais disponibilidade para a família.

Não é menos verdade que acabaríamos até por reaproveitar todos esses tempos que teríamos perdido em deslocações, estando cada vez mais focados no Core Business da Organização, o que iria gerar maior motivação, maior dedicação, e, ao contrário que muitos pensam, também iria promover a criatividade.

Para fins não comerciais ou domésticos:

No sector não comercial, ou doméstico, deixamos de usar os tradicionais discos portáteis, ou mesmo as Pens Drive’s, possibilitando uma partilha ficheiros à distância, sem termos de nos deslocar fisicamente até ao destino. A cloud tornou-se numa alternativa de partilha de ficheiros enviados por mail, que, muitas vezes, acabava por não ser enviado por atingir ou mesmo ultrapassar o limite imposto aos anexos enviados pelos mails providers. Com a cloud podemos partilhar fotos, vídeos de família, documentos e projetos pessoais que estejamos a desenvolver, podendo também decidir e gerir permissões. Para este tipo de serviços, existem inúmeros providers com serviços gratuitos.

Até aqui, falei do que podemos fazer com as clouds e a quem se destinam, quais as suas vantagens e consequências, sobretudo relativamente à Segurança. Como tenho referido nos tipos de migração, estamos a expor todos os nossos dados pessoais/empresariais na rede. Não podemos esquecer o caso da exposição das fotos das celebridades de cinema. Se este tipo de dados fosse armazenado com um sistema de encriptação que fosse desconhecida da rede, ou, de um modo preferencial, encriptada desde o device cliente que está a fazer a sua operação com os dados, só o utilizador/organização conheceria o tipo de encriptação em uso, acrescentando Segurança e Fiabilidade.

Embora tudo seja especulação, as clouds ainda vão dar que falar. Procurar alternativas relativamente à segurança, de modo a que seja reposta toda a confiança na Cloud Computing, é essencial. Como o é também mostrar que vale a pena apostar na tecnologia, quer seja do Clustering Industrial, quer seja Doméstico. No entanto, está ainda por desvendar até onde a tecnologia Cloud Computing nos poderá levar.

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Um comentário

  1. […] bem explicado noutros artigos neste spot, não garante o sucesso só por si. Por exemplo, seja a Cloud ou a “Internet das Coisas”, falamos de “simples” ferramentas que tiram proveito desta nova […]

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