50 biliões de “things”, mais coisa menos coisa, por volta de 2020. Segundo a Cisco, cerca de cinco vezes o número de PCs e telemóveis aos dias de hoje. Mas que raio são estas coisas? Também designadas por sensores ou ligações máquina-a-máquina (Machine-to-Machine – M2M), estes componentes invisíveis de software e hardware modulares, regra geral, estão “acoplados” a objetos e transmitem informação que permitem auferir estado ou controlo desse objeto – por exemplo, os sensores de intrusão de um veículo.
Computadores com ligação sem fios a preços cada vez mais acessíveis tem ajudado na disseminação da tecnologia, facilitando a ligação de mais objetos em rede como sensores em canos de esgoto, em luzes, termostatos, máquinas de vending. O volume de informação gerado é catalisador de uma economia que vai para além da simples comunicação, conectividade. A previsibilidade, qualidade e disponibilidade da informação do mundo conectado é onde se encontra o verdadeiro valor do ecossistema, com a combinação das redes de comunicações, a cloud, os sensores e as aplicações. O sucesso será medido pela capacidade de criação de “aplicações conectadas”, que sejam agnósticas à rede, sensores e inteligentes na capacidade de agregar volumes impressionantes de eventos com uma elevada experiência de utilização.
E quem está à frente nesta corrida? Poder-se-á dizer que os operadores de telecomunicação estão numa posição nobre por deterem conectividade, elemento essencial à troca de informação, mas não é suficiente. Tal como nas revoluções digitais, como a Internet móvel, aplicações móveis, convergência fixo/móvel, ficou claro que é necessário pensar em serviços de valor complementares que permitam às pessoas e empresas o acesso a ofertas mais abrangentes e que permitam retirar valor dos investimentos realizados.
Na terceira edição do barómetro M2M deste ano, é clara a adoção da Internet das Coisas por parte das empresas, consumidores. 27% das empresas afirmam que já têm soluções M2M, enquanto 37% planeiam investir nos próximos dois anos. As indústrias automóvel e energia lideram a adoção do M2M – 37% e 32% respetivamente. É também claro o posicionamento da tecnologia M2M na estratégia das empresas, contribuindo para a sua diferenciação e crescimento futuros.
A Internet das Coisas está de facto a introduzir uma inovação inteligente, computacional, sensorial e que irá permitir que utilizadores, programadores, empresas possam aceder/desenvolver serviços de valor no carro, nas cidades, em casa, no local de trabalho, num mundo cada vez mais conectado e em segurança.
[tmm name=”vasco-elvas”]