Esta frase começa a ser repetida continuamente por agências e consultoras – a Realidade Aumentada é uma tecnologia vulgar e disponível nos smartphones de mais de 100 milhões de utilizadores. O ultimo estudo da ARtllery indica-nos que em 2017 tínhamos 505 milhões de dispositivos compatíveis com Realidade Aumentada e que em 2018 vamos triplicar esse número. Ou seja, com maior expansão que a Realidade Virtual.
Podem conhecer as diferenças entre Realidade Virtual e Realidade Aumentada num artigo anterior, mas a essencial está na Virtual substituir a nossa Realidade visual por outra, enquanto a Aumentada adiciona elementos virtuais aos visuais – o que permite fenómenos como:
– Um arquiteto trabalhar remotamente num projeto com um colega que pode estar em qualquer ponto do globo e que está visível mesmo ali ao nosso lado, a indicar-nos as alterações que sugere. Com o projeto realizado, a pessoa visualiza o edifício em tamanho real no pátio da sua casa e (se este for suficientemente grande) visita todas as divisões do seu projeto 3D caminhando simplesmente na sua casa nova.
– Num museu ou monumento, legionários romanos explicam-nos na primeira pessoa em que espaço estou, de que forma utilizavam os objetos presentes e podem inclusivamente completar as peças arqueológicas que encontro – ânforas, estátuas, armas ou até mesmo edifícios podem agora ser visualizadas de forma completa, como na versão original. Este holograma pode acompanhar-nos na visita, como no caso do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, Quinta da Regaleira e em outros museus nacionais;
– Simular os produtos na minha casa, sejam mobílias do IKEA, roupas da Farfetch ou pavimentos na nossa cozinha com a Revigrés AR. Estes motores de simulação de produtos não só ajudam a acelerar processos de decisão no consumidor final, como inclusivamente podem valer a redução de custos de suporte em eventos ou showrooms.
Através de aplicações como o Wallame, ou o português Catxy podemos deixar posts diretamente nos objetos, ao invés de murais online. E utilizando a NextReality, podemos aceder a experiências privadas de Realidade Aumentada, através de um simples código. Inclusivamente, a forma como nos vemos ao espelho vai alterar-se dramaticamente, com a evolução de Apps de Realidade Aumentada para testar maquilhagem virtualmente, como a Makeup Genius, ou para experimentar tatuagens e visualizá-las a partir de diferentes ângulos e em várias zonas do corpo, como o Inkhunter para Mixed Reality.
Todas estas aplicações já permitem aumentar a liberdade de expressão e comunicação – contudo, ainda falta a killer app que utilizará essencialmente RA para mudar a forma como vivemos a nossa vida nas cidades, nas empresas e enquanto indivíduos.
São estes os temas que vamos trabalhar na 6ª edição do nosso RALI – Realidade Aumentada em Lisboa. Existem 500 milhões de potenciais clientes à nossa espera.
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