Acredito que todo profissional deseja realizar seu melhor potencial na função que desenvolve. Afinal, ninguém sai de casa com o propósito de ter um dia sem graça, desmotivador, estressante ou ainda com a sensação de que não realizou nada de agradável no seu trabalho.
Seja líder ou liderado, entendo que ambos desejam êxito no trabalho que realizam. Porém, não é incomum vermos queixas de todos os lados sobre o trabalho não flui, de que nada é igual ao que prometeram na contratação, de que não são compreendidos e aceitos, de que a comunicação está cada dia pior, assim como uma infinidade de justificativas para suas frustrações.
Particularmente em TI, a pressão pela mudança constante e novas tecnologias pode terminar ocupando boa parte do tempo do profissional com o seu desenvolvimento técnico. Assim, sobra pouco tempo para o profissional dedicar-se à reflexão e aprendizado sobre o seu aperfeiçoamento profissional em outras áreas como comunicação interpessoal, trabalho em equipe, boas práticas em projetos, visão empreendedora, etc.
Ao longo de mais de 20 anos de profissão, Ferdinand Fournies – renomado consultor internacional – entrevistou cerca de 25.000 gerentes, buscando entender porque os resultados entregues nem sempre correspondem ao que foi solicitado.
Afinal, qualquer um na posição de gestão já experimentou o fato de oferecer uma diretriz de trabalho e obter de volta algo bem diferente do pretendido. Exemplos como cumprimento de prazos, acompanhamento de solicitações, atualizações de status e engajamento em tarefas, projetos ou grupos de trabalho, muitas vezes, são motivos de frustração entre gestor e colaborador.
Através de sua pesquisa, Fournies analisou e catalogou os motivos que levam a esse tipo de frustração. Este trabalho resultou na publicação de um livro em 2007 – Why Employees Don’t Do What They’re Supposed To and What You Can Do About It, que já possui versão em português.
Segundo Fournies, as principais razões que levam os trabalhadores a não executarem o que se espera deles são as seguintes. Aproveitei e tomei a liberdade de propor ações que possam endereçar uma melhoria em cada caso:
Acredito que uma boa prática seja revisar, periodicamente e através de um diálogo franco e aberto, como andam desempenho, satisfação, motivações, interesses e planos de futuro de cada parte – organização e indivíduo. Entendo que ambos precisem reafirmar os seus sentidos de propósito, periodicamente, para continuarem tendo uma relação saudável e produtiva.
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Além de todas as diretrizes e alinhamento entre líderes e liderados, o que deve prevalecer é a vontade e motivação do liderado em atingir seus objetivos. Pra mim, desenvolver com maestria suas funções deveria ser de interesse e satisfação pessoal. Acredito nisso!